Foi um jogo parelho, de oportunidade para os dois lados. O Guaraní teve mais iniciativa, mas o Grêmio nunca deixou de buscar o jogo. Os gols só saíram no segundo tempo, após a expulsão de Michel. Aos 27 minutos, o veterano Hernán Rodrigo Lopez marcou de cabeça, aproveitando erro da defesa gremista (Fernandinho não acompanhou seu marcador, fazendo com que Edilson ficasse perdido entre dois adversários) e aos 34 minutos Pedro Rocha empatou, aproveitando bom passe de Arthur. Com um pouco mais de sorte o tricolor poderia ter saído com a vitória (Barrios perdeu chances que um centrovante do renome dele não costuma perder) e com um pouco de azar poderia ter sido derrotado (Marcelo Grohe fez ao menos duas grandes defesas e o juiz anulou um gol dos mandantes em um impedimento “duvidoso), mas o 1×1 foi condizente com o que aconteceu no campo.
Um empate fora de casa na Libertadores é bom resultado. O empate, depois de sair perdendo, é bom resultado. Empate, jogando com um jogador a menos desde os 15 do segundo tempo é bom resultado. Um empate que mantém o time na primeira posição do grupo é bom resultado. E um empate jogando com somente 2 titulares é bom resultado. Ocorre que a escalação 9 reservas foi uma escolha do Grêmio. Uma escolha estranha, uma escolha sui generis (única comparação possível na história do clube na Libertadores aconteceu em 2003, quando o Grêmio iniciou a partida contra Bolivar com apenas 4 titulares. Mas naquela ocasião o time já estava garantido na primeira posição do grupo).
Creio ser um equívoco tirar jogadores de uma partida de Libertadores para poupá-los para um confronto de Gauchão. Me parece ser um falta de visão da dimensão que essas competições possuem atualmente e uma escolha demasiadamente imediatista. As justificativas apresentadas pelos dirigentes e pelos profissionais foram pouco claras e um tanto contraditórias. Espinosa falou que a escalação do time se daria com base em informações médicas/fisiológicas. Renato falou em “poupar para não perder ninguém” e o Presidente Romildo Bolzan Jr. falou que “a própria classificação que o Internacional obteve contra o Corinthians tenha dado uma dimensão maior” ao Gauchão. Essa última frase é a que mais me preocupa, uma vez que o Grêmio costuma se atrapalhar quando foca excessivamente no seu principal rival.
Pedro Rocha deu assistência contra o Zamora, sofreu pênalti contra o Iquique e fez gol ontem. Mas tem quem não queira ele de titular.
Não me parece certo que Everton seja reserva do Fernandinho. Não se levarmos em conta o que os dois já fizeram com a camisa do Grêmio e o potencial de evolução na carreira de cada um dos atletas.
Arthur fez grande partida. Não errou passe.
Eu não marcaria pênalti no lance em que Fernandinho chutou a bola na mão zagueiro do Guaraní e também não marcaria no lance em que Camacho cai na área após trombar com Thyere.
Marcelo Grohe jogou com a meia amarela de um dos seus uniformes do ano passado. Por falar em uniforme, gostei muito dessa jaqueta/capa de chuva que os reservas estavam usando (espero que seja colocada a venda. É uma peça muito útil para quem costuma ir ao campo).
Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net)
Guaraní 1×1 Grêmio
GUARANÍ-PAR: Alfredo Aguilar; Carlos Rolón, Nery
Bareiro, Luis Cabral e Marcelo Baez; Luis De la Cruz (Bogarín), Marcelo
Palau, Juan Aguilar, Hernán Novick (Rodrigo López) e Epifanio García;
Néstor Camacho (Marin)
Técnico: Daniel Garnero
GRÊMIO:
Marcelo Grohe; Edílson, Rafael Thyere, Bressan e Bruno Cortez; Jaílson,
Arthur, Michel, Fernandinho (Kaio) e Lincoln (Pedro Rocha); Lucas
Barrios (Everton)
Técnico: Renato Portaluppi
Libertadores 2017 – Grupo 8 – 3ª Rodada
Data: 20/04/2017, quinta-feira, às 19h30min
Local: Estádio Defensores del Chaco, em Assunção-PAR
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Auxiliares: Alexander Guzman e Cristian de la Cruz
Cartões amarelos: Michel, Bressan, Pedro Rocha, Marcelo Grohe (GRE)
Cartão vermelho: Michel, aos 15 do 2º tempo
Gols: Rodrigo López, aos 27 minutos do segundo tempo (GUA); Pedro Rocha, aos 34 minutos do segundo tempo (GRE)
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